terça-feira, 31 de maio de 2011

Poemas dos alunos do 3º Período de Letras

Poemas dos acadêmicos do 3º período de Letras
Professora: Anicézia Romanhol Bette na disciplina: Produção de texto III



Canudinho saudável?

Carolina Moraes


Pulmão limpo?

Fumaça invisível,

gripe, engasgo,

BENEGRIPE.

Pulmão saudável?

Fumaça branca,

tosse, coisinha nojenta,

MÉDICO.

Pulmão cinza?

Fumaça fraca,

muita tosse, mindinho roxo,

AMPUTAÇÃO.

Pulmão preto!!!!!!!!!!!!!!

Fumaça letal,

sangue, dor, quimioterapia,

MORTE.


Presídio imoral

Bruna Ventura


Ter uma visão normal

deste mundo desigual,

ver o ser humano

cair em desengano

Fugir da realidade

não ter liberdade

ficar dependente

desta vida entorpecente

Consumo sagaz

nunca financia a paz

presídio da consciência

primeira consequência

Caminho letal

presídio imoral

vida tragada...

vazio na estrada...

Impossível reescrever

o livro da vida

lutar, sonhar, cair,

levantar sem fraquejar

jamais se drogar.



Mistérios

Talita Amanda Barros de Oliveira


Assumi ser assim

certa ou errada

há um mistério em mim.

Olhos cor de mel

detrás da retina esconde fel.

Antes mistério a transparência,

os teus olhos me passam o amor

os meus, inocência.

Dos teus lábios, palavras macias e sussurradas

da minha boca, não sai nada.

Mistério, mistério, oh mistério.

Ao cair a neblina

em companhia da solidão, o desespero

e nessa introspecção de Clarice

percebo os mistério uma tolice.

Você não esconde os olhos,

o sorriso e nem o cabelo

atrás das minhas tranças

escondo o mundo inteiro.

Mistério, mistério, oh mistério.

Em vão te segui

Agora, lágrimas no rosto

transparecem o quanto sofri.


Lábios

Juliana Canavan


Não quero ser poeta

quero ser poema

Deixe-me ser o poema dito

por seus lábios

e

sempre te farei sorrir


Ih! Radiando

Maria Júlia Santos Oliveira


Se por aqui o sol brilha

Por lá ele esmaece

Se do lado de cá o vento é brisa

Por lá, entristece

Aqui, o mar é belo

Lá, o mar é morte

Aqui, os vivos têm dívidas

Lá, sorte

Quando a terra treme aqui

Quer dizer se apaixonar.

Quando a terra tremeu lá,

Fez desesperar

“Mas aqui não tem tragédia”

Como o velho povo dizia

Não se engane mais agora

Fique alerta noite e dia

Se a grande onda chegar

Desde já, não se espante

Com natureza não tem guerra

Ela é só, triunfante

Desafiá-la não vai adiantar

Só piora, é agravante

Será como o povo de lá

Que agora estão, ih! Radiantes



Olhos mentirosos

Diana Gonzaga


E quem disse que os olhos são as janelas d’alma?

A face toda é mentirosa.

A mágoa guardada, a essência esmagada

a dor da perda, a fala presa

Camuflam-se num sorriso cheio de dentes

Quem disse que os olhos são as janelas d’alma?

O cansaço, o segredo

O medo

O calo no dedo

Abrigam-se numa roupa nova, num perfume doce,

Num batom vermelho

Quem disse que são os olhos as janelas d’alma

não sabe que a alma é sombra, procelas

e nesses dias

Fecham-se todas as janelas


Parabéns aos alunos e à professora pelo excelente trabalho!

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